sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A ilusão da desilusão

MALTA: Empate técnico entre os textos "amigas" e "Bichos"! Por isso aqui vai um texto novo, esperando que desempatem desta vez... Boas leituras!

Desilusão é uma palavra feia e pesada... mas que tende a estar presente na vida de todos como um carrapato! Ao longo da vida é experimentada muitas vezes, em relação ás expectativas que criamos em relação a tudo o que nos rodeia. Se, por um lado, são as expectativas e os sonhos que nos fazem mover, por outro, são também eles que nos conduzem a largos passos para as sucessivas desilusões que vamos sofrendo... Como resolver e enfrentar este paradigma? Eu tenho a minha própria fórmula..

Crio expectativas? Sim! Tenho desilusões? Também! Mas apenas em relação ao que me propuz fazer e que não consegui cumprir; em relação àquilo que achava ser capaz e não fui; em relação ao que sonhei mas ainda não atingi... Em suma, em relação a mim, e ao que de mim depende! Sou dona e senhora do que penso, do que sinto, de como ajo... e essa capacidade é tão libertadora quanto castradora! Porque, se nos traz direitos, também nos cobra deveres! E quando eu não fui capaz, é só comigo que tenho de me desiludir, e a quem tenho de exigir!

Quando falamos de outros, inverte-se a questão... ou não!

Senão vejamos: As grandes desilusões (ou, pelo menos, aquelas que nos marcam de forma mais profunda...) são sempre com pessoas, ou com situações que envolvem “falhas” de outros. Mas alguma vez paramos para pensar se aquilo que esperamos dos outros está de acordo com aquilo que eles podem, realmente, dar? Ou somos nós que queremos tanto que sejam capazes que colocamos a fasquia onde eles não podem (ou, simplesmente, não querem) chegar?

Por isso, a fórmula é simples! Onde não há ilusão, também não pode haver desilusão! Que as coisas sejam vividas a cada momento como se esse fosse o último! Porque pode, de facto, ser... Que não se viva hoje perdido na ilusão e expectativa de como vai ser o amanhã... O passado não existe porque já passou! O futuro também não, porque ainda não aconteceu! O que resta? Presos aos 2 primeiros estamos fora de tempo e, portanto, fora de realidade!

Meus amigos, contra-argumentem, se quiserem. Mas uma coisa é certa: As pessoas não me desiludem... no limite, fui eu que me iludi com elas!

5 comentários:

  1. Até que ponto o facto de nos iludirmos, por acreditarmos naqueles de quem gostamos, é desculpável? Desiludem-nos e a dor dessa desilusão é para desculpar porque afinal nós é que esperámos demais da outra pessoa? Até que ponto a amizade não pressupõe confiança? Até que ponto a quebra dessa confiança (ou a sua ausência, aliás) é para desculpar? Desculpamos porque não deixamos de gostar de alguém simplesmente porque nos desiludiu, porque podemos estar magoados, muito!, mas não se deixa de gostar de alguém assim... e por isso desculpamos. Talvez até o façamos por egoísmo, porque gostamos tanto dessa Amiga que não a queremos ver longe, mesmo tendo ela mostrado que podia não ser merecedora da nossa amizade... mas que não erra? Somos Homens ou somos Deuses? Então errar é humano e, por isso, desculpa-se. Perdoa-se. e no coração fica a esperança de que o mesmo erro não se volte a repetir.

    Desiludimo-nos porque nos iludimos, ok, é certo. Mas eu complementaria dizendo que nos desiludimos, porque acreditamos... porque sabemos amar.

    Beijinho, Mar*

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  2. Olá,
    è uma agradável surpres ter chegado até este Blog.
    1º Porque a simplicidade das palavras nos mostram uma realidade à qual não devemos estar alheios.
    2º E também importante, é que simpatizei desde há mto com a autora e sem esperar vim aqui parar, onde tenho oportunidade de a ler.

    Um beijinho para Ti Marta e continua

    o meu enderço de Blog
    http://www.generalgw.blogspot.com/

    passa por lá...

    GW

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  3. Ah ... é verdade Marta, há uma frase que utilizo e muito:
    -As pessoas são aquilo que são e jamias serão aquilo que eu quero que elas sejam...

    Boa semana para Ti

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