quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Bichos

Então malta, que se passa? Estão com preguiça de votar? Ai, ai... uma pessoa quer ser democrática e, depois, dá nisto!

Vamos lá a votar no próximo texto, na sondagem mais abaixo, ok?

Agora aqui vai o post mais votado da semana! Boas leituras!

P.S. Podem sugerir temas sobre os quais gostavam que eu escrevesse! Se eu perceber alguma coisa do assunto... LOL... deixo a minha opinião, combinado?

Todos os dias, com as experiências pelas quais passamos, procuramos aprender e fortalecer-nos. E fortalecemo-nos de tal maneira que, quando damos conta, existem mil muros á nossa volta, contra isto e aquilo, que nos esmagam os sonhos...


Aliás, sonhar e acreditar é visto como sinal de fraqueza, uma fraqueza que nos deixa nus e vulneráveis a tudo e todos... Não, isso não queremos! Desejamos o reconhecimento, o respeito e a consideração dos outros, ser visto como um exemplo a seguir... pelos outros!

Então e nós? Deixamo-nos moldar de tal maneira áquilo que é suposto sermos que, quando damos conta... não sabemos quem somos! Até afastamos pensamentos, abafamos desejos e destruímos sonhos, com vergonha do que pensamos, desejamos e sentímos... Porque pensar, desejar ou sentir tais coisas torna-nos fracos aos olhos dos outros... sempre os outros...

Que falta de segurança e auto-estima! Que falta de respeito por nós próprios! Preferimos ser bichos solitários (que se escondem deles mesmos) - mas intocáveis aos olhos dos outros! - do que assumir posturas (enquanto acreditamos) e pedir desculpa (quando erramos)!

Mais vale viver no conforto da indecisão do que no risco da decisão mal tomada... Porque pedir perdão arranha muito o ego (tão frágil quanto vazio)... E apontar o dedo aos outros é sempre tão mais fácil e dá tão mais prazer... Uma sensação de poder que só a mesquinhez pode sentir...

Pobres seres que somos... marionetas de uma vida estériotipada onde nos deixámos arrastar por pura cobardia... nem Darwin (quando proferiu a "
Lei do mais forte" e proclamou a "sobrevivência do mais apto" relativamente ás espécies) imaginava que usaríamos a mesma estratégia para sobreviver.... sim, porque isso não é viver!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A ilusão da desilusão

MALTA: Empate técnico entre os textos "amigas" e "Bichos"! Por isso aqui vai um texto novo, esperando que desempatem desta vez... Boas leituras!

Desilusão é uma palavra feia e pesada... mas que tende a estar presente na vida de todos como um carrapato! Ao longo da vida é experimentada muitas vezes, em relação ás expectativas que criamos em relação a tudo o que nos rodeia. Se, por um lado, são as expectativas e os sonhos que nos fazem mover, por outro, são também eles que nos conduzem a largos passos para as sucessivas desilusões que vamos sofrendo... Como resolver e enfrentar este paradigma? Eu tenho a minha própria fórmula..

Crio expectativas? Sim! Tenho desilusões? Também! Mas apenas em relação ao que me propuz fazer e que não consegui cumprir; em relação àquilo que achava ser capaz e não fui; em relação ao que sonhei mas ainda não atingi... Em suma, em relação a mim, e ao que de mim depende! Sou dona e senhora do que penso, do que sinto, de como ajo... e essa capacidade é tão libertadora quanto castradora! Porque, se nos traz direitos, também nos cobra deveres! E quando eu não fui capaz, é só comigo que tenho de me desiludir, e a quem tenho de exigir!

Quando falamos de outros, inverte-se a questão... ou não!

Senão vejamos: As grandes desilusões (ou, pelo menos, aquelas que nos marcam de forma mais profunda...) são sempre com pessoas, ou com situações que envolvem “falhas” de outros. Mas alguma vez paramos para pensar se aquilo que esperamos dos outros está de acordo com aquilo que eles podem, realmente, dar? Ou somos nós que queremos tanto que sejam capazes que colocamos a fasquia onde eles não podem (ou, simplesmente, não querem) chegar?

Por isso, a fórmula é simples! Onde não há ilusão, também não pode haver desilusão! Que as coisas sejam vividas a cada momento como se esse fosse o último! Porque pode, de facto, ser... Que não se viva hoje perdido na ilusão e expectativa de como vai ser o amanhã... O passado não existe porque já passou! O futuro também não, porque ainda não aconteceu! O que resta? Presos aos 2 primeiros estamos fora de tempo e, portanto, fora de realidade!

Meus amigos, contra-argumentem, se quiserem. Mas uma coisa é certa: As pessoas não me desiludem... no limite, fui eu que me iludi com elas!

domingo, 18 de outubro de 2009

O que não tem remédio...

Tal como prometido, aqui vai o texto vencedor da sondagem! Comecem já a votar para o próximo...


Se o homem fosse feito para estar sozinho, havia uma ilha deserta para cada um de nós! É na partilha, no desacordo, no contacto com os outros que aprendemos a ser gente. No entanto,"todos temos as nossas próprias guerras para enfrentar", alguém me dizia... e é bem verdade!

Não vale a pena, por muito que o desejemos, tentar assumir o lugar dos outros e enfrentar, no lugar deles, os medos, as inseguranças, as ameaças... é uma guerra que têm de travar sozinhos e nós, aceitando a ausência de vontade da nossa ajuda, nada mais podemos fazer que estar presentes e disponíveis para limpar as feridas e oferecer o colo... as vezes que forem precisas...

Na angústia de os ver á beira do abismo (e continuarem a acreditar que saltar é a única solução) até nos esquecemos das nossas próprias guerras e das muitas vezes que também foi necessário saltarmos para aprendermos alguma coisa... e tinha sido tão bom se tivéssemos tido o colo de alguém...

Por isso, o que não tem remédio, remediado está!

Tudo o que está ao nosso alcance é fazer sentir a quem nos é querido que, se saltar, terá lá em baixo uma almofada para amortizar a queda... se partir para a guerra cá nos encontrará quando chegar... sem julgamentos nem cobranças!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O perigo da solidão

A solidão não existe ou, pelo menos, é relativa!

Só sente sozinho quem está voltado, apenas, para o exterior. Aqueles que têm o mínimo de consciência do seu "eu", percebem com facilidade que estão permanentemente acompanhados pela pessoa mais importante do mundo: Eles próprios!

Não é uma questão de egocentrismo, é uma questão de perceber que, desde que nascem até que morrem, a única pessoa que vai estar sempre presente são eles mesmos: é com a sua consciência que se debatem, é ela a sua melhor amiga ou pior inimiga, é com ela que falam quando, no escuro da noite, deitam a cabeça no travesseiro...

Por isso, é a si mesmos que têm de ser fiéis, valorizarem-se pelo bom, criticarem-se pelo mau, e aprender a conhecer-se melhor!

Mas a maioria das pessoas, infelizmente, está voltada para fora: ou são submissos à vontade e pensamentos alheios, ou estão tão concentrados neles mesmos que descuram tudo o resto (pelo extremo oposto)...

Não se convencem que nunca vão encontrar nos outros respostas que só eles mesmos podem dar, nunca encontrarão o amor dos outros enquanto não se amarem, nunca farão ninguém feliz enquanto não forem, eles mesmos e pelos seus próprios meios, felizes...

Mas esta "solidão", tantas vezes associada à liberdade (como se ter um companheiro ou companheira fosse alguma espécie de prisão....) não deixa de ter o seu perigo, quando levada ao extremo.

Encontrar felicidade na individualidade e fazê-la perpetuar no tempo pode trazer o risco de nos tornarmos incapazes de partilhar a nossa vida com alguém... e, aí sim, somos prisioneiros de nós mesmos e encontraremos a solidão!

Por isso, é como sempre digo: Andar pelo caminho do meio! Atirar-mo-nos para os extremos é fácil, conseguir um equilíbrio é que é mais complicado! Mas não devemos desistir!

Afinal, é a nossa felicidade que está em causa....